Jogos de guerra realmente mostram a realidade?

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Postado por Lex Luthor FX

Um relatório concluiu, após analisar 20 jogos em diversas plataformas, que os videogames deveriam respeitar as regras internacionais de guerra. Pesquisadores apontam várias inconformidades em games de combate e pedem mudanças.
Por mais contraditório que possa parecer, existem leis que ditam o que pode e o que não pode ser feito em uma guerra. É proibido, dentre outros exemplos, o uso de tortura, ataque a civis ou a utilização de armas químicas.
Segundo o caderno de games do site The Register Hardware , duas organizações suíças, uma que visa proteger as crianças contra a violência ilimitada em videogames, a Pro Juventute , e a Trial , que luta para evitar que crimes de guerra fiquem impunes, realizaram um estudo de 20 títulos, incluindo várias versões da franquia Call of Duty e jogos da série Tom Clancy, como Splinter Cell .
De acordo com o relatório, que pode ser encontrado no link bit.ly/GameViol , o objetivo do estudo é “sensibilizar a opinião pública e os desenvolvedores de jogos, bem como as autoridades, educadores e os meios de comunicação sobre a prática de crimes em videogames, além de estabelecer um diálogo entre as produtoras de jogos eletrônicos sobre a necessidade da incorporação de regras essenciais da Declaração Universal dos Direitos Humanos em seus títulos”. Além do caráter educativo, isso poderia tornar os jogos ainda mais reais e divertidos, diz o estudo.
A pesquisa descobriu que a maioria dos jogos continha “elementos que violam normas internacionais”.
Dentre as não conformidades apontadas, as mais frequentes desrespeitam “os princípios jurídicos de distinção e proporcionalidade”. Um exemplo citado seria a possibilidade de se jogar uma bomba, sobre uma cidade lotada, apenas para matar um atirador de elite.
Outro ponto recorrente abordado pelo relatório é a possibilidade de ataque direto a civis ou edifícios religiosos, além de atitudes cruéis e desumanas.

Alguns dos títulos, todavia, já “incorporavam regras que incentivam o jogador a respeitar os direitos humanos e o direito humanitário internacional”.
A principal preocupação das organizações responsáveis pelo estudo é o fato de que jogos desse tipo permitem aos jogadores assumir um papel ativo na trama. Muitos desses títulos já estão sendo utilizados pelas forças armadas como instrumentos de formação.
O relatório conclui que as produtoras de jogos deveriam se preocupar, portanto, em garantir que essas normas internacionais sejam atendidas também no universo virtual.
“Considerando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos está em constante melhoria e adaptação às novas realidades, esta evolução não deve ser ignorada na concepção de novos jogos.- defende.
De qualquer forma, a análise se restringiu ao ambiente virtual dos jogos e não efetuou testes comportamentais nos jogadores, tampouco há registros no documento sobre qualquer pesquisa no que tange a influência real que estes tipos de jogos podem ter nos jovens.

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